Travessia da Serra da Gurita em Delfinópolis

Provavelmente você já ouviu falar da Serra da Canastra, certo?
A Serra da Gurita faz parte da Serra da Canastra e localiza-se na região de Delfinópolis, no sudoeste do estado de Minas Gerais e Rosana e eu fomos convidados por nosso amigo Thiago Araújo para fazermos essa travessia, que foi organizada por outro amigo nosso, o Marco Barbuio juntamente do Thiago.

Pelo motivo da travessia percorrer um trajeto entre propriedades privadas e também em comum acordo com o Marco sobre a confidencialidade do trajeto, a fim de não afetar sua amizade na região com a divulgação deste, o relato será focado nos atrativos que visitamos na travessia, pois esses são de livre acesso.

Você pode ver todas as fotos desta travessia em nosso álbum no flickr. Logo abaixo, você confere o vídeo resumo da travessia:

Vamos ao relato!

Ainda na noite de 29 de março de 2018, Rosana e eu encontramos o nosso novo amigo, Anderson Rosa, no metrô Santa Cruz.

Viajamos durante a noite, pois para se chegar à Delfinópolis, é preciso realizar uma travessia de balsa na divisa do município de Cássia-MG.

1º dia – 30-03-2018

No início da manhã, após a travessia da balsa, fomos ao encontro do restante de nossos amigos, para seguimos com os carros para o ponto inicial do trajeto, pouco mais ao oeste no pé da Serra da Gurita, onde descarregamos as bagagens juntamente com os amigos.

De lá, segui o Marco de carro para o Restaurante Dona Doca, onde ele deixou sua caminhonete estacionada, para que pegássemos ao terminarmos a travessia no dia 01 de abril.

Marco e eu regressamos no meu carro para o ponto inicial da travessia, onde deixei meu estacionado próximo à margem do Rio Santo Antônio.

Já era pouco mais de 9h e finalmente era a hora de começarmos a andar!

Nosso destino do dia, seria a parte alta do complexo de Quedas da Maria Concebida.
Esta cachoeira pode ser acessada sem problemas, inclusive pode ser encontrada no Google Maps, bem como em relatos no Trip Advisor. No acesso por esse meio mais fácil, é cobrado R$ 30/ pessoa.

Logo após atravessarmos a pinguela sobre o Rio Santo Antônio, saímos em uma fazenda, onde um funcionário nos abordou, questionando sobre o que estávamos fazendo ali.

Marco conversou com mesmo, explicando a nossa intenção, pois este funcionário estava preocupado com nosso acesso à área onde fazem a captação de água.

Infelizmente eles possuem um histórico de outros visitantes que foram ao local, sem autorização prévia e que acabaram sujando a água causando entupindo dos canos.

Situação explicada, continuamos nosso trajeto seguindo uma trilha feita por gado, sentido sudeste e por vezes, seguindo um pouco ao norte, para atingir a crista da serra.

O trajeto todo, segue basicamente por vegetação baixa, então a navegação é até fácil neste terreno, porém também nos deparamos com trechos de subidas um tanto inclinadas.

Por volta das 15h, já estávamos na região alta do Complexo da Maria Concebida, onde fizemos uma pausa para nadar nas águas cristalinas de tom azulado.

Ficamos por lá cerca de quase 1h, para recompor as energias e comer algo antes de seguimos nosso trajeto.

Nossa intenção era chegarmos em outro ponto, pouco mais acima do complexo, onde seria nosso acampamento do dia.

Chegamos ao ponto de pernoite já por volta das 17h, onde tratamos de montar acampamento e preparar o jantar.

Algumas fotos deste dia [envira-gallery id=”5629″] 2º dia – 31-03-2018 Por volta das 8h45, deixamos o local de acampamento para voltar parte do trecho caminhado no dia anterior, porém sem as mochilas. Fizemos isso para poder aproveitar melhor o complexo da Maria Concebida e nadar em suas águas. Foi uma decisão bastante acertada e aproveitamos muito até por volta das 12h. Algumas fotos dos poços e do complexo da Cachoeira da Maria Concebida: [envira-gallery id=”5645″] Após retornarmos ao local onde acampamos, pegamos nossas mochilas e partimos rumo a sudeste, tendo como como destino final a “Cachoeira Zé Carlinhos”, onde acampamos nesse dia.
A Cachoeira Zé Carlinhos é outro atrativo da região de livre acesso e assim como a Cachoeira da Maria Concebida, você também encontra esta no Google Maps e relatos no Trip Advisor. Não pagamos nada para ter aceso, mesmo acessando pela entrada convencional e também não vimos ninguém para cobrar. Porém esta é uma área particular e costumam cobrar cerca de R$ 10 pelo acesso. A estrada é um pouco ruim para carros convencionais de passeio, porém se o carro for alto é possível chegar até lá sem grandes problemas, haja visto que há córregos para atravessar.

Voltando ao trajeto…

O percurso nesse trecho segue em sua maior parte, pela região mais alta, o que nos dá uma visão em 360º, possibilitando apreciar boa parte da extensão da Serra da Canastra.

Por volta das 16h30, chegamos ao nosso local de pernoite, que nada mais é que uma ilha de areia, circundada pelo Ribeirão das Posses, após a queda da Cachoeira Zé Carlinhos.

Como era cedo, deu para aproveitar um bom banho de rio.

Haviam muitos turistas no local e para não chamar a atenção, deixamos para montar acampamento após a saída desses.

Como citei pouco mais acima, esta é uma área particular e como não encontramos ninguém para solicitar permissão para acampar, precisávamos ser mais discretos.

Além do mais, por ser uma ilha de areira, este é um local de risco para acampar e não queríamos influenciar outros turistas a terem a mesma ideia no futuro.

Em caso de fortes chuvas na região, o volume do Ribeirão das Posses pode subir muito.

Era possível avistarmos detritos pendurados na altura do peito, em algumas árvores que há no local, ou seja, sinal de que toda a areia some numa cheia repentina.

A previsão do tempo naquela noite não era das melhores, porém não havia previsão de tempestades na região.

De qualquer modo, colocamos algumas pedras na borda da água e algumas um pouco mais distantes da borda para acompanharmos o nível da água no decorrer da noite.

Por sorte, o clima ajudou e no máximo tivemos alguns chuviscos durante a noite.

Algumas fotos ate aqui: [envira-gallery id=”5665″]
Acampamento em Delfinópolis! –
3º dia – 01-04-2018

Por volta das 8h20, já estávamos deixando nosso local de acampamento, porém ainda fizemos uma trilha sem as mochilas para o mirante da Cachoeira Zé Carlinhos, numa caminhada de cerca de 10 minutos no máximo.

De lá é possível avistar a 1ª queda do Complexo Zé Carlinhos.

Ficamos lá no mirante por uns 15 minutos e descemos, pois ainda teríamos que andar cerca de mais 3km até o Restaurante Dona Doca.

Seguindo o caminho, após passarmos uns 200m duma casinha, ainda próximo do acesso à cachoeira, adentramos em um pasto à nossa direita para cortarmos caminho até a estrada de terra.

Por volta das 9h40, já estávamos no Restaurante Dona Doca, onde fizemos uma parada para tomar um refrigerante, cerveja, comer algum lanche e comprarmos queijo.

Ainda era preciso voltarmos ao ponto inicial da travessia, pois era preciso buscar meu carro antes de voltarmos para nossas casas.

Algumas fotos:
Em algum lugar de Delfinópolis. –
[envira-gallery id=”5670″] Fim 🙂