Travessia Baependi x Aiuruoca

No feriado de Corpus Christi, realizamos a travessia Baependi x Aiuruoca

Fomos em três para lá, sendo esses:
Falco, Rosana e eu (Rodrigo).
Partimos de São Paulo no dia 4 de junho por volta das 4h30, chegamos no trevo de Caxambu por volta das 10h.

Já havíamos combinado nosso resgate com Paulo Vitor, que trabalha como motorista particular em Caxambu.
Seu contato foi passado por nossa amiga Bruna, que fez a travessia há cerca de um mês antes de nós.

No final deste relato posto dicas e contato do resgate.

Após nos encontrarmos com nosso resgate, reabastecemos o carro e fomos para o bairro da Vargem em Baependi-MG.

Chegamos ao nosso ponto de partida da travessia às 11h20.
Descarregamos o carro, nos despedimos do Paulo Vitor, que seguiu com meu carro para sua casa, onde ficou guardado até o dia de nosso resgate na pequena igreja de Nossa Senhora das Dores, já em Aiuruoca-MG, no Vale do Matutu, localizado ao pé do Pico do Papagaio.

Vídeo resumo


Início:

11h30 – Nossa subida começa pela “Serra da Vargem”, após meia hora de subida, chegamos ao 1° ponto de água, que é um pequeno riacho que cruza a trilha.

Nessa travessia, todas as águas que encontramos são de ótima qualidade e próprias para beber.
Água não é um problema nessa travessia, pois anotei um total de 16 pontos de água pelo caminho, mas existem outros, que em caso de uma rara necessidade também podem ser acessados.
Foi possível andar tranquilamente com 1L de água, mas por segurança andamos com 1,5L cada, toda vez que achávamos algum ponto de água.

Por volta das 13h06 paramos para um descanso e comer um lanche e estávamos em campo aberto sem abrigo da sombra e ainda na subida.
Desse ponto era possível avistar ao longe uma cachoeira do Rio Jacuo.
Pouco antes das 14h, alcançamos o descampado próximo ao morro do chapéu, onde haviam algumas pessoas se preparando para montar acampamento e conversamos um pouco para tirarmos algumas dúvidas sobre o tempo de subida ao Morro.
Depois de dada a notícia que levam cerca de 15 minutos para subir desde o descampado, resolvemos fazer o ataque, para tirar algumas fotos deixando as cargueiras em um trecho onde passaríamos na volta.

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Esse trecho faz divisa entre Serra da Careta e da Vargem, sendo o Morro do Chapéu pertencente à Serra da Careta.

Subindo em direção ao Morro do Chapéu, cruzamos com alguns marmanjos carregando espingardas de chumbinho, infelizmente dá pra se imaginar que não foram lá com boas intenções.

Finalmente às 14h15 alcançamos o topo, lá haviam algumas pessoas pertencentes ao Centro Excursionistas Brasileiro (ceb.org.br), estavam tirando fotos, com bandeira de time e tudo mais.

Tiramos algumas fotos da paisagem, de nós mesmos e depois seguimos morro abaixo.
No caminho haviam outras pessoas descendo e aproveitamos para tirar dúvidas sobre o tempo que levaríamos até a cachoeira do Juju, o rapaz questionado informou que seriam cerca de 3h ou 4h de caminhada até lá, ou seja, chegaríamos ao final do pôr do sol ou já no começo da noite.
Pegamos nossas cargueiras e às 14h50 seguirmos rumo direção a Cachoeira do Juju.

Agora a caminhada era pela Serra da Chapada.
Após uns 10 minutos andando, alcançamos uma laje onde foi colocada uma cruz com o nome de alguns trilheiros e a data do feriado (04-06-2015).

A caminhada segue com visual aberto, quase de 360°, sendo possível avistar algumas cachoeiras nas regiões de altitude mais distantes.

Após uma boa caminhada, chegamos às 16h40 no trecho da Crista pela Crista da Serra onde avista-se o Rio Piracicaba com uma pequena casinha abandonada, conhecida como Rancho do Salvador.
Esta casa também serve de abrigo, então é um bom ponto para pernoite, mas nossa intenção era chegar na Cachoeira do Juju e já estávamos próximos.
Desci para pegar um pouco de água e depois continuamos andando.

Atualização 20-04-2017:

Atualmente é proibido pelo PESP, o acampamento na Cachoeira do Juju. O ponto correto para se acampar é no Rancho do Salvador.

Às 17h30 avistamos a cachoeira do Juju já bem próximo à nós e a paisagem já estava numa tonalidade bem alaranjada devido ao pôr do sol.

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Mais 10 minutos andando, já estávamos no topo da Cachoeira, já estava começando a anoitecer, mas ainda havia um pouco de claridade.
Procuramos um bom local para montar as barracas ao lado da cachoeira, depois Rosana e eu fomos tomar um “banho”, a água estava bem fria, então foi só “Checo”, enquanto isso, Falco montava sua barraca para depois ir se banhar também.

A noite estava perfeita, com céu limpo e bem estrelado e foi possível fazermos uma fogueira para nos aquecer na hora da janta, ou seja, uma cena típica de filme da sessão da tarde, acampamento, cachoeira, céu estrelado + fogueira, tudo perfeito 🙂

Depois de jantar, Rosana foi dormir e Falco e eu fomos tirar algumas fotos noturnas antes de dormir.

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Dia 05-06-2015

No dia seguinte, Rosana e eu levantamos por volta das 6h20, ela então preparou o café para tomarmos.
Depois disso, dei uma olhada nos arredores da cachoeira e pude avistar um abrigo abaixo de uma rocha, esta tem duas manchas alaranjadas que lembram dois dentes caninos bem pontudos. Ali cabe uma pessoa ou no máximo duas e também há a possibilidade de se fazer uma fogueira para se manter aquecido.
Por volta das 8h20 Rosana e eu voltamos parte do percurso para tirarmos algumas fotos do tobogã e de outras cachoeiras pertencentes ao Rio Piracicaba.

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Partimos do nosso local de acampamento às 9h30, nosso destino era chegar ao local do Totem do Santo Daime.

Iniciamos nossa subida ziguezagueando o morro até atingirmos seu topo.
Ficamos admirando a vista por um tempo e depois prosseguimos o caminho.

A informação que tínhamos era que o segundo dia seria mais tranquilo sobre o tempo de caminhada, porém foi o dia mais cansativo de percurso.

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Após cruzarmos um dos afluentes do Rio Baependi (Água4), o trecho torna-se conhecido como “Vale do charco”.
É preciso prestar bem atenção no trajeto, pois existem rotas bem abertas e batidas que podem levar para bifurcações incorretas.

Por volta das 11h45 , enquanto andávamos pela crista do Vale do Charco, pegamos um acesso que levava para Alagoa, pois a bifurcação fica bem no topo da crista e precisa prestar bem atenção nessa parte, porque o caminho correto é uma trilha menos batida.

No fim, fomos parar no “Vale das Araucárias”. Procuramos alternativas de rota para cruzarmos com a trilha mais adiante, mas sem chance, pois estávamos muito perpendicular em relação ao traçado.
Aproveitamos também para comer algo como castanhas, bolachas etc enquanto pensávamos sobre alguma alternativa.

Não teve outra saída se não voltarmos por onde havíamos vindo.
O caminho de volta era subida, parecia uma eternidade, pois o sol estava radiante no céu.

Perdemos mais de 1h com esse erro, Rosana ficou muito brava e não parava de reclamar comigo rs rs 🙁 Poxa..

Já eram mais de 13h quando atingimos novamente a crista e pegamos a rota correta.
No GPS mostrava que havíamos desviado cerca de 600m, mas depois olhando o traçado em casa, pude constatar que havíamos andado mais de 1km errado, ou seja, mais de 2km andados de forma desnecessária.

Daí pra frente, era ficar de olho no GPS a qualquer sinal de uma mínima bifurcação.

Por volta de 13h50 chegamos no ponto onde o Augusto havia demarcado a existência de um velho casebre.
Ficamos lá por um tempo para fotos, ver o que mais tinha por lá e partimos.

Às 14h15 chegamos na área da Cachoeira do Charco.
Olhávamos de cima, procurando algum ponto que seria mais fácil para atravessarmos.
Descemos até a área escolhida, tiramos nossas botas e atravessamos usando apenas meias para poder dar maior aderência em caso de limbo.

Falco foi na frente, ajudou a Rosana e depois me deu uma força também.

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Depois de retomarmos a caminhada, passamos por mais um trecho de travessia de rio às 15h50, mas sem grandes dificuldades.
Essa parte é conhecida na região por Serra D’Itacolomi, porém ainda é a do Vale do Charco.
Nesse trecho encontramos um cachorro que veio abanando o rabo até nós.
Rosana deu um pouco de comida para ele, ficamos um pouco ali e seguimos com nosso novo companheiro.

Não demorou muito, apareceram outros cachorros. Esses estavam vindo com outros trilheiros que estavam fazendo a travessia partindo de Aiuruoca.
Segundo eles, um dos cães os acompanhou desde o Pico do Papagaio e outro já próximo do Santo Daime, a partir desse ponto o cachorro que começou nos acompanhar, se untou à matilha e aos trilheiros.

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Do ponto de “Água 8” em diante a caminhada é pela Serra do Charco.
São cerca de 6km de percurso até o Totem do Santo Daime.
Começamos a andar por uma antiga estrada, atualmente desativada.
Nesse trecho cruzamos com mais um grupo de pessoas fazendo a travessia com origem em Aiuruoca. Não há erro no trajeto, mas como mais cedo, havia pisado na bola a bifurcação que levaria para Alagoa, fiquei atento ao GPS.

Por volta das 17h20 chegamos num ponto que era possível avistar a Cachoeira do Fundão.
O sol já se preparava para se por e precisávamos andar um pouco mais rápido, para não percorrer muito tempo no escuro.

O caminho torna-se aberto e é possível vermos o cair da noite de forma muito bonita, céu limpo, sem vento e com as cores alaranjadas, que deixam a paisagem muito encantadora.

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Quando caiu a noite, sacamos nossas lanternas, Falco havia esquecido a sua e a Rosana lhe emprestou uma.

Já escuro, passamos por um trecho curto de mata mais densa, porém ainda numa antiga estrada, passamos uma ponte onde passava um rio, porém ainda não era o local de nosso pernoite.

Continuamos seguindo e quando ficamos paralelo ao ponto do totem do Santo Daime, fui procurar água.
Entrei na bifurcação, que é uma estrada que leva ao Vale do Matutu, e montamos acampamento sobre sua ponte.

Assim como na noite anterior, o céu estava estrelado e foi possível fazermos uma fogueira.
Foi uma dia bem cansativo, porém após jantar fiquei jogando conversa fora com o Falco ao lado do fogo e tomando um pouco de whiskey escocês, que ele levou.
Não tenho costume de beber e essa foi a bebida mais forte que já dei umas “bicadas”, porém o sabor envelhecido é realmente muito bom.

Durante a conversa ao pé do fogo, ouvimos um barulho, como se fosse uma pisada forte no chão, porém apenas uma única pisada e próximo da barraca onde Rosana já estava dormindo.
Fui perto para olhar, porém não vi nada, nenhuma marca, nada se mexendo próximo ou sequer ouvi qualquer outro barulho.

Outro detalhe estranho que chamou nossa atenção, é que em nenhum dos locais que acampamos, ouvimos qualquer coaxar de sapos.

Depois de mais um tempo de conversa, o sono foi chegando e resolvemos ir dormir em nossas barracas.

Dia 06-06-2015

Acordamos às 6h30 e com tempo encoberto por um forte nevoeiro.
Tomamos um café da manhã como de costume e desmontamos acampamento para mais um dia de caminhada.
Partimos às 8h do local e demos uma rápida passada no Totem do Santo Daime por curiosidade e para algumas fotos.
Quando o nevoeiro dispersou, notamos que o céu estava nublado, porém sem risco de chuva.

Totem do Santo Daime - Serra do Papagaio ou da Canjica

Totem do Santo Daime – Serra do Papagaio ou da Canjica

Enquanto estávamos no Totem, uma voz feminina dava bom dia para nós.
A voz vinha de uma distância de uns 50 ou 60m numa região por onde havíamos passado no caminho do dia anterior.

Respondemos por educação e a “voz” perguntou se havíamos passado a noite por lá.
Apensas Rosana respondeu informando que sim, e que acampamos ao lado da água.
A “voz” perguntou se estávamos com guia, Rosana mais uma vez continuou dando trela respondendo, dizendo que não e que estávamos acostumados.
Nessa hora falei para Rosana não ficar dando muitas informações, pois a pessoa sequer pôs a cara para fora da mata para vermos, ela nos via e nós não a víamos.
A “voz” começou a falar para nós que não era aconselhável andar por lá sem guia, porque poderíamos nos perder e outras coisas que não conseguimos entender.

Já estávamos começando a ficar achando que era uma guia querendo prestar serviço, ou alguma louca que morava na mata, pois mesmo começando a ignorar a “voz”, esta continuava a falar conosco.

Tratamos de sair de lá, pois já havíamos fotografado, e a voz continuava falando, porém conforme íamos tomando distância, íamos entendendo cada vez menos o que essa “voz” dizia.

Demos uma parada no começo da subida para tomar um fôlego, nesse trecho já não era descampado, mas ainda era possível ouvir a “voz” ao longe.

Retomamos a caminhada para evitar qualquer risco desta “pessoa” vir atrás de nós e nos alcançar.

Esse trecho do Totem do Santo Daime até o pico da Canjica é conhecido como “Serra da Canjica ou Macieira”.
Não é um nome reconhecido pelo IBGE, mas é um nome conhecido pela população local.
Na carta topográfica do IBGE esse trecho já pertence à Serra do Papagaio.

Após 1h de caminhada desde o Totem, atingimos a parte alta e também mirante para a cachoeira do André (9h05). Aqui como em grande parte da travessia, é possível ter uma visão privilegiada da região.

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Retomamos a caminhada sentido Retiro dos Pedros e o percurso intercala-se entre, caminhada em vegetação rasteira em sua maior parte e trechos de mata um pouco mais densa.

Daqui em diante não temos muito sobe e desce.

Chegamos ao Retiro dos Pedros por volta das 10h40 e aqui pegamos água para poder cozinhar à noite, pois tínhamos a informação de que na base do Pico do Papagaio não haveria água, porém existem dois pontos de água lá, sendo um deles com água o ano todo.

O Retiro dos Pedros é um ótimo local para se acampar, tem água, proteção para o vento e apesar de haver uma placa proibindo fogueiras, existe uma área com pedras onde há restos de fogueira.
Esta área está limpa de vegetação rasteira, então torna-se segura para uma fogueira.
Alguns trilheiros ou montanhistas criticam sobre a prática de se fazer fogueiras, porém tendo as condições adequadas, sabendo fazer com segurança e apagar o fogo deste local antes de ir dormir, não vejo problema algum.
Mas claro que, em locais onde há grande circulação de trlheiros e montanhistas com uma certa regularidade, também sou a favor da proibição de fogueiras.

Seguimos nosso caminho e deixamos nossas mochilas num ponto do percurso para fazermos ataque ao Pico do Bandeira ou Tamanduá Bandeira.
Não é bem um Pico, mas é o ponto mais alto desta travessia, chegando nos seus 2300m.

O caminho para subir é um pouco óbvio, e sobe-se ziguezagueando.
No alto do Pico encontramos mais duas pessoas, pai e filho, que estavam acampados próximo ao Retiro dos Pedros.
Batemos um pouco de papo enquanto aguardávamos a abertura de uma janela, pois o nevoeiro voltou a tomar conta da paisagem.
Na rápida janela que tivemos, batemos uma foto todos juntos naquele local.
Tiramos mais algumas dúvidas sobre o percurso até o Pico do Papagaio e assim como nós a informação que eles tinham é de que não havia água na base do Papagaio.

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Partimos de lá às 12h20 seguindo para nossas mochilas e os dois desceram pelo outro lado do Pico do Bandeira / Tamanduá Bandeira em direção à sua barraca.

Seguimos pela crista e por volta das 13h30 chegamos num novo mirante, onde era possível ver a Pedra do Tamanduá ou Santurário e mais ao fundo o Pico do Papagaio.
Como estávamos seguindo num bom ritmo, ficamos por um tempo admirando a paisagem, que já estava bem aberta, mas com algumas nuvens aparentemente carregadas próximo à região.

Às 14h chegamos na Pedra do Tamanduá ou Santurário como é conhecido na região e nos folhetos informativos de lá.

Segundo o funcionário do Parque Estadual da Serra do Papagaio, Manuel Landroz, o IBGE “comeu bola” na hora de registrar os nomes do Pico do tamanduá Bandeira e Santuário, daí onde seria Tamanduá Bandeira ficou como Bandeira e onde era Santuário, ficou como “Pedra do Tamanduá”.

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Após ficarmos um tempo por lá, às 14h20 retomamos nossa caminhada, agora rumo à base do Pico do Papagaio.

O trajeto é em campo aberto, bem batido e dá pra ir seguindo só no visual.

Por volta das 15h, já nas imediações da base, comecei a escutar um som de água bem fraco, comecei a olhar ao redor e avistei uma nascente à minha direita.
Foi nesse momento que descobrimos que não precisava ter pego no Retiro dos Pedros, mas prevenção, nunca é de mais 🙂
Seguindo um pouco mais abaixo já na nascente, tem um degrau de terra e é possível encher garrafas e cantis sem problemas.

Às 15h20 chegamos ao nosso local de acampamento.
Também era possível ouvir o som de água perto dali, porém mais forte que a nascente mencionada, ou seja, mais um ponto de água e próximo de um bom local para acampar.
Ficamos numa área onde encontra-se uma placa indicando que é proibido fazer fogueiras.
Após montar nossas barracas, fomos fazer o ataque ao cume e aguardar o pôr do sol.

É uma caminhada curta, cerca de 15 ou 20 minutos no máximo de subida até o cume.
No caminho encontramos com alguns grupos descendo com cargueiras, foi nesse momento que conhecemos o funcionário do Parque, Manuel Landroz, que nos cumprimentou, pegou nossos nomes, perguntou se estávamos com guia etc e disse que guiaria o grupo para a base e depois conversaria conosco.

Continuamos a subida e chegamos ao cume às 16h20.
Nesse momento estávamos só nós três, depois outras pessoas foram chegando.

Conhecemos o Emerson Leite que estava com sua esposa e nos contou que além de trilhas também faz rafting e caiaque.

Outras pessoas foram chegando para aguardar o pôr do sol e o Manuel, veio conversar conosco.
Daí informou que a partir daquele dia estava proibido acampar no cume do Pico do Papagaio, pois os frequentadores estavam depredando o local, deixando lixo etc (infelizmente é verdade), inclusive pichações nas rochas.

Daí conversamos sobre a travessia e foi aí que nos deu as explicações sobre os nomes comuns na região x nomes registrados pelo IBGE.

Após o pôr do sol a temperatura foi caindo, eu tinha intenção de fazer algumas fotos de lá do topo á noite, mas a neblina começou a tomar conta aos poucos, então resolvemos descer para jantar.

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Após forrar o estômago, ainda fiquei do lado de fora trocando ideia com o Falco, apagamos as lanternas e era possível prestar mais atenção na floresta, nos sons ao redor bem como visualizar algumas silhuetas de árvores em contraste com o céu.

Dia 07-06-2015

No dia seguinte, levantei cedo para ir ver o nascer do sol no Pico do Papagaio e exatamente às 6h30 o sol começou a surgir no horizonte, um verdadeiro espetáculo gratuito.

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Descemos para tomar o café da manhã e preparar preparar para nossa partida em direção ao Matutu, onde nosso Resgate estaria aguardando.

Partimos do acampamento por volta das 8h30.
Adentramos a bifurcação para o Vale do Matutu e de agora em diante o caminho era apenas de descida.

No trajeto cruzamos com parte do pessoal que estava no Pico do Papagaio, o rapaz chamado Paulo nos avisou que dariam uma passada no Poço Azul pelo caminho e resolvemos ir também.

O local é bem bonito, com uma pequena queda d’água e um belo poço para nadar. Se você está descendo para o Matutu com um belo sol radiante, vale a pena arriscar um mergulho, mesmo que a água esteja super gelada.
Rosana ficou no alto da cachoeira, enquanto falco foi se trocar e pegar um sabonete para tomar banho, eu já havia entrado e dado algumas braçadas.
A água devia estar com 10°C de temperatura, saí com as pernas dormentes, mas valeu a pena.
Falco chegou, foi tomar um banho e arriscou nadar um pouco, depois de uns 20 ou 30 minutos por lá, nos despedimos do pessoal e partimos.
O caminho é repleto de pequenos riachos que descem serpenteando a serra, também é possível avistar outras cachoeiras da região.

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Às 11h11 atingimos a área que pertence ao trutário, saímos por cima da cerca e agora a caminhada era por estrada de terra até chegarmos na pequena Igreja Nossa Senhora das Dores.
Exatamente às 11h30 chegamos ao encontro do Paulo Vitor, que estava estacionado á sombra de uma árvore próximo à igrejinha.
Ainda compramos algumas coisas na vendinha do lado e partimos para Aiuruoca para o centro de almoçarmos antes de deixar o Paulo em sua residência.

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  • Clique para ver álbum de fotos completo desta travessia
  • Contato do Paulo Vitor para resgate:
    35 8821 8267 ou 35 3341 7072 (cobrou R$ 240 no total)
  • Contato de Marcus Arantes para resgate:
    E-mail: ajuru@hotmail.com, site: http://www.ajuru.com.br/taxi, 35 99944-1601
  • Contato de Marcio em Caxambu: (Fornecido pelo amigo Vagner Vgn) [atualizado em 12-07-2018]
    35 8839-6872 (Posto BR no trevo de Caxambu)

“Fala de Vgn: “Cobrou R$150. Ele saiu de Caxambu, foi até Matutu buscar um dos nossos, e levou até a Vargem (início da trilha), onde deixamos o carro.”

  • #Dica: caso não consiga contatos de resgate com os dados acima, dê uma passada no Posto BR do trevo de Caxambu, lá sempre tem boas indicações e até mesmo os funcionários podem se oferecer para o resgate.
  • Contato do Manuel Landroz (Funcionário do PESP) no facebook
  • Algumas dicas de resgate e logística, também podem ser lidas no final do relato, no Blog do Augusto, que inclusive nos serviu de base para esta travessia.
  • Clique na imagem para visualizar o croqui em tamanho original
Croqui Baependi x Aiuruoca

Croqui da travessia de Baependi x Aiuruoca | Realizado com ajuda de Manuel Landroz e Augusto de Carvalho