Pico Corcovado + Praia de Maranduba

Às 5h do feriado de 12 de outubro, partimos em cinco para Ubatuba.
Descemos pela rodovia Oswaldo Cruz, pois possuíamos informações de que a Rodovia dos Tamoios estava em obras.
Chegamos no local de estacionamento às 10h, que fica na entrada da Reserva Indígena Renascer, onde deixamos o carro aos cuidados da família de Lindolfo e Sebastiana, na rua Japonês.

Mapa do local do estacionamento:

Vídeo resumo:

 

Importante: Caso pretenda acampar, contate a central do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) – Núcleo Picinguaba, com antecedência a fim de verificar reservas, autorizações e disponibilidades.
Os contatos são: agendamento.picinguaba@gmail.com
Tel.: (12) 99707 2426 / Recado (12) 3833 6552

Atualizado em 14-11-2018 :

Atualmente não é mais possível realizar atividades no local desacompanhado de guia.

 

Abaixo o motivo da medida:

“…aventureiros inexperientes, estavam fazendo fogueira lá em cima, subindo com galão de gasolina… desmatando para colocar mais barraca de camping…”
Por – Thalita Guirado, PESM – Núcleo Picinguaba 

Informação na íntegra sobre a necessidade de guia:

Boa tarde Rodrigo,

Somente Guia ou Agência com Cadastur poderá realizar atividades no Pico do Corcovado, mediante autorização prévia.

No site  https://cadastur.turismo.gov.br é possível se informar sobre os guias do município. Você entra em contato com o guia de sua preferência depois o mesmo realiza o agendamento conosco conforme disponibilidade.

Ressaltamos a importância dareserva ser solicitadaem tempo hábil para os trâmites de documentação,no mínimo 4 dias úteisantes da data solicitada.

 A confirmação do agendamento só é realizada mediante ao envio de todas as documentações necessárias e a retirada da Confirmação de Reserva e Carta da Policia Militar Ambiental de Ubatuba.

Qualquer dúvida estamos à disposição.

Att;

Thalita Guirado
Equipe Uso Público
PESM – Núcleo Picinguaba
npicinguaba.agendamento@fflorestal.sp.gov.br”

 


 

Relato:

Caso seja usuário de GPS, você pode baixar esse tracklog do Otávio Neto, que está muito bem feito.

Após tudo arrumado e algumas fotos, começamos nossa pernada.

Seguimos pela estrada de terra, paralelo ao campinho e fomos seguindo o percurso até encontrarmos um rio.

À esquerda, pouco antes da margem, existe uma trilha que sobe um pouco em paralelo ao rio, dando acesso a travessia por um caminho de pedras, sem necessidade de molhar os pés.

Nessa parte, por ser mais úmido existe mais vegetação, o que pode confundir os menos experientes a continuar na trilha.

Aqui também começa a 1ª fase de subida e logo mais uma descida que sai em um ponto de água e a trilha toda, no geral, é bem demarcada e não há como se perder.

Depois desse ponto de água, o percurso todo é de subida, e será possível encontrar outro ponto de água já quase na crista. Então fique atento sobre os pontos de água.

A trilha sobe quase que sempre em mata fechada e algumas vezes, é possível olhar para trás, avistar a costa e ter noção da altitude.

No decorrer da caminhada, Rosana e eu fomos deixando o restante do grupo mais atrás.
Marcelo e Edmar acompanharam a Suellen na subida.

Pouco antes das 12h, Rosana e eu alcançamos a chamada “Igrejinha”, que é um aglomerado de pedras.
Pouco adiante na trilha, a uns 30 m, existe um mirante onde é possível avistar a praia.

Fotos do começo até o Mirante

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Por volta de 14h40 alcançamos a área de acampamento 1, que já fica bem próximo à crista e ao último ponto de água.

Continuamos nossa caminhada e após 20 minutos chegamos ao mirante que dá visão para o Pico do Corcovado.
Já estávamos acima da neblina e a nossa vista em direção ao oceano parecia um imenso tapete branco.

Ao chegar no último trecho de subida, encontramos 3 pessoas que iniciaram a pernada cerca de 30 minutos antes de nós.
Era um senhor acompanhado de seu filho Tiago Borges, do Blog Fé no Pé, e seu genro para o mesmo local que nós.

Rosana eu tomamos a dianteira e seguimos nosso caminho para o Pico do Corcovado, que alcançamos às 15h20.

Tiramos fotos, filmamos, gritamos para fazer eco, montamos acampamento, Rosana tomou banho de gato, trocamos de roupas e nada do grupo chegar…

Até que começaram a responder os meus gritos para após cerca de 30 minutos la em cima, mas ainda estavam longe.
Marcelo e Edmar chegaram apenas às 17h10, sem a Suellen.

Tirei algumas fotos do Marcelo e seguiu ao Encontro dela para pegar sua mochila e subirem juntos, pois ela estava exausta e ao ponto de desistir.

Fotos do primeiro ponto de acampamento até o Pico do Corcovado

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Não demorou muito, e logo que iniciou a descida, Marcelo já a encontrou no caminho e trouxe sua mochila.

Sua chegada foi recebida com emoção das lágrimas de superação e palmas de todos nós do grupo por ela não ter desistido.

O final de tarde estava ótimo, o grupo de Pindamonhangaba (Fé no Pé) montou acampamento mais ao leste do Pico do Corcovado, Edmar e Marcelo montaram as barracas ao lado da nossa.

Rosana e Suellen foram para a “cozinha” preparar o jantar.
O cardápio era sopão, calabresa, seleta de legumes, arroz, feijão e farofa.

Enquanto isso, nós homens jogávamos conversa fora.

Depois do jantar, as garotas foram dormir e ainda não tínhamos sono, pois eram 19h e ficamos conversando.

Marcelo havia deixado sua mochila aberta no gramado todo esse tempo, quando foi arrumar, havia uma surpresa, uma aranha caranguejeira que estava lá à espreita de uma presa fácil.

Edmar quem a avistou e deu o alerta para o Marcelo tirar as mãos da mochila, eu a tirei com um graveto e deu um certo trabalho, pois o bicho é forte e agarrava com firmeza na mochila.

Comecei a provocá-la para que exibisse suas presas e deu pra ver que seria uma picada bem dolorida se ocorresse tal acidente.

Após colocá-la no gramado, tentava espantá-la para a mata, então a aranha esfregava seu traseiro para liberar pelos urticantes, a fim de causar alguma possível irritação aos olhos e narizes caso estivesse perto.

Fotos das mulheres fazendo a comida e da caranguejeira na mochila do Marcelo

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Após isso, fomos até nossos vizinhos de Pinda trocar algumas figurinhas sobre trilhas, permanecemos lá por quase meia hora e depois seguimos para a parte íngreme do pico.

Marcelo sentou na pedra mais alta, Edmar e eu na pedra mais ao solo.
Ficamos conversando sobre vários assuntos esperando o sono chegar, avistamos uma coruja com cerca de 60 cm de envergadura caçando no pico.

Não demorou muito e o 2º bicho que queria se aproximar do Marcelo apareceu.
Era uma Lonomia Obliqua, uma espécie de lagarta venenosa que pode causar até a morte, derrubei-a da pedra, mas ela subiu novamente, derrubei outra vez e não a vimos mais.

Fomos dormir por volta das 22h.

Levantamos às 5h10 para ver o nascer do sol e estava frio, acredito que entre 12°C ou 13°C e com ventos fortes.

O pessoal de Pinda veio ao campo para assistir o nascer do sol e conversar conosco também.

Tiramos fotos, filmamos, depois tomamos um café reforçado, desmontamos acampamento e iniciamos nossa descida às 7h com a intenção de tomar banho de mar \o/.

Logo na saída do Pico do Corcovado para a trilha, existia um filhote de cobra coral verdadeira passeando, provavelmente seu desejo era tomar sol na trilha para se aquecer.
A cobra não queria saber de ser filmada e fotografada, se esgueirou para um pequeno arbusto para se esconder de nós.

Fotos do Nascer do Sol + início da nossa descida

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Iniciamos a trilha e não demorou muito, Rosana tomou a dianteira deixando todos para trás. Fiquei por
último pois queria tirar algumas fotos, já que no dia anterior a neblina impossibilitava isso.

Poucos minutos depois, ultrapassei o estante do grupo e alcancei Rosana.

A descida para mim foi um pouco puxada e fiquei com as pernas bem doloridas por cerca de 3 dias, sem contar que acabei machucando o joelho também.

Por volta das 10h, Rosana e eu chegamos à casa de Sebastiana.
Nos trocamos, colocamos chinelos e esperamos o restante, que só chegou às 11h15.

Marcelo, Edmar e Suellen, foram tomar um banho no rio para relaxar.

Após isso, colocamos as coisas no carro, despedimos-nos e fomos em busca de algo para comer na praia.

Marcelo, Edmar e eu tomamos banho de mar, pegamos algumas ondas mergulhando.

Depois todos nós, exceto a Suellen que preferiu descansar em um guarda-sol, fomos até uma ilha de banana boat, pela bagatela de R$ 10/ cada um.
Ficamos por lá um tempo, demos uma passeada pelo lugar e depois o barco veio nos buscar.

Posso dizer e creio que todos possam também, que foi um fim de semana bem aproveitado, tudo na medida certa e sem pressa.
Um fim de semana com trilha, acampamento, diversão e praia para relaxar finalizando com chave de ouro.

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