Contorno do Mamanguá + Volta da Juatinga

No carnaval de 2013, Rosana e eu acompanhamos novamente o Augusto em mais uma jornada.
O roteiro planejado pelo Augusto era fazermos o contorno do Saco do Mamanguá + Volta da Juatinga.
Após contornarmos o Mamanguá, foi necessário pegar um barco na Praia do Curupira para nos levar até a Praia do Cruzeiro, onde inciamos a volta da Juatinga.
É uma caminhada bem bonita, vale a pena e todo trilheiro que tiver a chance de fazer, deve fazer!

Tracklog do percurso realizado:

Vídeo Resumo

 

Relato do Augusto (super detalhado e com dicas no final): http://trilhasetrips.blogspot.com.br/2013/05/relato-contornando-saco-do-mamangua.html


1º Dia – O Contorno do Mamanguá e Volta da Ponta da Juatinga teve início em Parati Mirim.

Pegamos o Augusto em sua residência por volta das 5h e prosseguimos nossa viagem pela Rodovia Ayrton Senna, Carvalho Pinto e Dutra, descemos a serra por Guaratinguetá, passando por cunha seguindo pela Estrada Real até chegar em Paraty às 10h30.
Seguimos viagem para Paraty Mirim e deixamos o carro no Camping do Jesus, que é o antigo Camping Devaneios pelo custo de R$10/dia.

A Trilha começa no final da rua, atrás de um posto policial.
Logo no começo, a trilha já começa íngreme com muito sobe e desce até chegar na praia Saco do Mamanguá.
O percurso daí vai passando por diversas prainhas e trilhas na encosta.
É comum encontrar casas, pousadas, restaurantes e plataformas de ancoragem pelo percurso todo.
Andamos até chegar na última praia que é a do Curupira.
Lá encontramos um casal que iria para a praia do Cruzeiro também (Larissa e Charles), daí conseguimos rachar o frete de barco para o outro lado da margem (Praia do Cruzeiro).
O barqueiro muito gente fina, que também se chama Charles, cobrou o valor de R$ 80/grupo pela travessia até o Cruzeiro.

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Chegando lá (15h30), acampamos no Camping do Orlando pelo valor de R$ 20/pessoa.
Após negociarmos e deixar nossas coisas, pegamos a trilha em direção ao Pico do Mamanguá (16h30)

Augusto e eu fizemos o percurso em 1h15, Rosana fez em 1h e ficou esperando no topo.

Ficamos lá até por volta de 18h10 e começamos nossa descida, pois ainda precisávamos tomar banho, montar acampamento e preparar algo para comer.
Rosana e eu fizemos pizzas na frigideira com auxílio do vapor para não grudar a massa, pela fome que todos estavam, o sabor estava excelente rs.
Augusto, preparou miojo com salame para satisfazer sua fome antes de dormir.
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2º Dia – A caminhada começou cedo, saímos do camping de Seu Orlando por volta das 7h30, passamos pela Praia do Engenho e subimos a mata pela trilha.
Nesse percurso, um cão da vila que foi alimentado por Rosana, nos seguiu por um bom tempo, talvez quase 3h de percurso com várias tentativas de fazê-lo voltar para sua origem.
Depois de conseguir convencer o cão a ficar pra trás, a caminhada ainda seguia com muito sobe e desce pelas trilhas, debaixo de um sol escaldante e mormaço do litoral, até chegarmos à Praia Grande da Cajaíba.
Augusto e eu estávamos indo mais compassados, paramos pra descansar e ficamos conversando por um bom tempo, enquanto Rosana já nos aguardava na Praia por cerca de 40 minutos (ficou muito p.. da vida kkk).

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Após uma pausa em baixo de uma árvore na Praia Grande da Cajaíba (13h20), para comer, beber, conversar, descansar um pouco, prosseguimos nossa pernada passando por outras prainhas:
Itaoca, Calhaus, Itanema e Pouso da cajaíba.
Fizemos mais uma pausa na Praia do Pouso da Cajaíba (16h50 até 17h25), tomamos suco numa das barraquinhas locais, descansamos mais um pouco e depois prosseguimos a jornada rumo à Martin de Sá, chegando lá (Camping do Seu Maneco) por volta das 18h50 com direito a banho de mar ao anoitecer.
Depois de um banho, preparamos nosso jantar.
Rosana e Rodrigo fizeram sopa de legumes com atum e Augusto, o seu costumeiro miojo com salame.
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3° Dia – Por volta das 8h do dia 11 de fevereiro, iniciamos a caminhada de Martin de Sá com destino a Praia da Ponta Negra.
Existem duas trilhas, uma que provavelmente será desativada e que é mais íngreme iniciando dentro do Camping do seu Maneco e a nova que começa pela praia, passando por um trecho de pedras antes de adentrar a mata.
Pegamos a trilha nova e seguimos na companhia de outro casal (Lívia e Giovanni), Giovanni estava com seus pés machucados por causa de bolhas e andava com auxílio de bastões improvisados com galhos.
Eu estava com ânsia de vômito desde a tarde anterior e segui num ritmo mais lento.
Rosana seguiu dessa vez em velocidade mais baixa, pois o casal estava tentando acompanhá-la e não queriam andar sozinhos.
Tirando esses pormenores, a trilha apesar de seu cume ser mais alto que o Pico do Mamanguá, tem um percurso de elevação gradual, então torna a caminhada menos cansativa.

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No percurso demos uma passada pela Praia de Cairuçu (10h), onde a família, que possui um rancho para pesca no local, construiu uma espécie de banheira nas pedras, despejando água com auxílio de um cano de PVC direto da nascente, demos uma parada para um banho, nadar no mar e tirar algumas fotos.

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Depois de descansados, prosseguimos nossa viagem (+/- 10h40).
Ainda com muito sobe e desce seguindo pela mata fechada, passamos pela Toca da Onça por volta das 13h40 e após 20 minutos alcançamos a crista do percurso.

Toca da OnçaToca da Onça

Chegamos em Ponta Negra por volta das 16h30, montamos acampamento no Camping do Ismael, e fomos aproveitar a praia.
Nesse momento, o casal preferiu descansar na barraca para irem um pouco mais tarde.
Depois de um bom banho de mar e apreciar a paisagem local, voltamos ao camping, tomamos banho e fomos jantar.
Desta vez o jantar foi na praia e foi um delicioso prato de arroz com feijão, cenoura e beterraba acompanhado de um peixe grelhado que estamos com saudades de tão bom que estava (19h30).
Depois do jantar ainda fomos dar um passeio na praia para admirar o céu noturno estrelado e fomos ao camping descansar.
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4º Dia – Por volta das 7h30, começamos nossa trilha para a Cachoeira do Saco Bravo.
A trilha começa subindo e vai ficando mais íngreme até chegar à crista, de onde é possível apreciar a paisagem local.
No início da trilha existem algumas bifurcações, porém existem casas nesse primeiro trecho onde é possível tirar dúvidas sobre o percurso a seguir.
Após chegar à crista, ainda enfrentamos mais um trecho de sobre e desce e atingimos uma segunda crista.
Nesse trecho começamos a ouvir vozes, havia um grupo que saiu 1h mais cedo que nós e ainda estavam no percurso.
Adiantamos o passo para ultrapassarmos e aproveitarmos a cachoeira antes da muvuca chegar.
Chegamos na cachoeira por volta das 9h.
O lugar é realmente muito bonito e valeu a pena a caminhada até lá.
Tem uma piscina natural na pedra, trechos com mais de 2m de profundidade que dá pra nadar sem problemas e também pedras bem rasas que possibilitam caminhar até a cachoeira.

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Depois de 1h30, começamos nossa volta ao Camping.
Rosana disparou na frente, deixando Augusto e eu para trás.
Rosana nem sabe a hora que chegou no camping, mas já havia tomado banho e estava terminando de guardar suas coisas.
Eu cheguei por volta de 12h30, Augusto cerca de 15 minutos depois.
Após terminar de guardar toda a tralha e mochila nas costas, começamos nossa jornada sentido Vila Oratório às 13h20.
O percurso é tranquilo, possui algumas aclividades e declividades, mas nada comparado ao segundo e terceiro dia de caminhada.
Em poucos minutos de caminhada, passamos pela Praia das Galhetas, uma praia só de pedras com um rio que deságua passando ali.
Após atravessar a ponte e seguir pela trilha, chega-se à Praia de Antiguinhos (14h30), depois com mais alguns minutos de caminhada de volta na trilha, chega-se na Praia de Antigos.
Depois de caminhar pela praia, iniciamos o percurso pela mata novamente subindo o morro que dá acesso à Praia do Sono.
Da crista é possível ter uma bela vista panorâmica da praia (15h35)
Mais 10 minutos de descida, chegamos à praia, Rosana já estava esperando por Augusto e eu se refrescando com as pernas na água sentada em uma pedra.
Após cruzar o riacho, andamos pela Praia do Sono até chegar ao pé do morro, onde iniciamos a caminhada às 16h30 sentido Vila Oratório.

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Fizemos algumas paradas no percurso, mas chegamos na Vila às 17h30.
Por volta de 18h20, pegamos a circular que nos deixou no trevo de Parati Mirim às 19h.
O ônibus que nos levou até o Camping do Jesus, passou por volta das 19h20, chegando no destino às 19h50.

Mesmo depois de no trocarmos de roupa e ter parado na estrada pra comer, o percurso de volta para SP foi razoavelmente rápido.
Revezei a direção com Augusto às 0h quando chegou em Taubaté.
Augusto dirigiu até sua residência, chegando por volta das 1h25 da quarta-feira.
Deixei a Rosana em sua casa por volta das 1h40 e cheguei em casa às 2h10.